Governança Corporativa: como empresas estão se beneficiando do ESG

Governança Corporativa: como empresas estão se beneficiando do ESG

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A sigla ESG denomina três pilares de Governança: Environmental, Social and Governance, traduzindo, Ambiental, Social e Governança, e pode ser entendida como uma métrica para avaliar organizações, com relação à performance e os impactos de uma empresa ou investimento nesses três pilares.

Em 1960, investidores passaram a excluir de seus portfólios as organizações associadas à produção de tabaco (com a chegada das descobertas do malefício do cigarro, etc.) e também as empresas associadas ao regime de segregação sul-africano, o Apartheid.

Desde então, preocupações de nível Social (exclusão, discriminação, direitos trabalhistas), bem como as de nível Ambiental (emissões de CO2, desmatamento, poluição) e de Governança (corrupção, fraude), têm se tornado focos de atenção do investidor, da organização e da população geral.

Em 2004, a ideia ganhou força total com o Pacto Global e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Dessa forma, os requisitos e parâmetros estão em constante aprimoramento e o ESG veio para consolidar práticas no mercado com foco na responsabilidade social, ambiental e de governança. As empresas que investem nesses cuidados são recompensadas com mais sucesso, maior solidez no mercado e melhor reputação.

E, é claro, são práticas esperadas: investidores, clientes e demais partes interessadas têm a expectativa de que algum trabalho seja feito nessa direção nas empresas com que estabelecem um relacionamento.

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Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre o ESG e sobre como as empresas têm se beneficiado dos pilares dessas práticas.

ESG: objetivos

Como já dissemos, ESG pode ser entendido(1) como práticas de sustentabilidade colocadas em movimento pelas organizações, e também como pilares para medir o impacto ético de uma organização.

Para ilustrar, veja alguns objetivos e práticas possíveis do ESG(2), para cada pilar, são:

Ambiental

  • mudanças climáticas, aquecimento global e emissões de gases de efeito estufa;
  • energias renováveis;
  • desmatamento;
  • proteção da biodiversidade;
  • gestão de resíduos (emissão atmosférica, reuso da água, resíduos sólidos);
  • consumo racional de recursos (água, combustíveis, energia elétrica, etc.).

  • proteção de dados e privacidade;
  • inclusão, diversidade, saúde ocupacional e segurança do trabalho;
  • direitos dos trabalhadores;
  • impacto comunitário, voluntariado e responsabilidade social.

Governança

  • eficiência operacional;
  • ética e transparência;
  • conformidade legal;
  • gestão de riscos;
  • relações com órgãos públicos;
  • segurança dos produtos e direitos do consumidor;
  • Conselho ESG.

Esses objetivos devem ser customizados, determinados e absorvidos pela organização sem contrariar os seus demais objetivos. Quer dizer, todos eles devem estar alinhados entre si e conduzirem a empresa para um ponto convergente de sucesso.

O crescimento da empresa, seu sucesso e seu lucro fazem parte do planejamento ESG — a questão é fundir os objetivos da organização a questões maiores e que envolvem toda a sociedade e o ambiente.

Benefícios do ESG

Esses são alguns benefícios resultantes das práticas ESG numa organização:

  1. Melhora da reputação: clientes e investidores estão cada vez mais atraídos por negócios que têm um impacto social, ambiental e de governança — a ética relativa a esses três pilares é uma exigência do mercado. Apostar nessas práticas é trabalhar na imagem da empresa, dando credibilidade e sustentando sua boa reputação.
  2. Redução de custos: a conscientização sobre os impactos ambientais pode levar à redução dos custos de uma organização. Muito do trabalho nas questões ambientais, por exemplo, vai passar pela eficiência, pela redução de desperdício e na melhor utilização de recursos, ferramentas e técnicas. Por isso, pode-se esperar que um trabalho visando a sustentabilidade traga menores custos e maior eficiência.
  3. Atração e retenção de talentos: uma organização comprometida atrai pessoas comprometidas. Ao colocar em funcionamento um conjunto de práticas que visam a sustentabilidade, a empresa abre as portas para que pessoas conscientes e engajadas se interessem por fazer parte desse projeto. Ter um ESG forte pode significar que grandes talentos dêem preferência ao seu negócio, em detrimento de outros menos engajados.
  4. Engajamento dos colaboradores: não somente talentos serão atraídos e retidos — uma empresa que busca a sustentabilidade dará mais um motivo para que os colaboradores estejam engajados e deem o melhor de si na organização. A produtividade tende a aumentar, e a organização só tem a ganhar.

Implementando práticas ESG na organização

Se a sua empresa ainda não possui práticas ESG, você pode começar hoje mesmo a esboçar um projeto:

  • Entenda a sua organização e os impactos (positivos ou negativos) que ela gera, hoje, no mundo.
  • Considerando esses impactos, estabeleça metas precisas e alcançáveis.
  • Envolva a parte executiva na idealização e estruturação das práticas ESG.
  • Estabeleça uma comissão para iniciar o trabalho.

Conforme a natureza do seu negócio, estabeleça estratégias de compensação, de adaptação ou de conformação a determinado objetivo — isso pode ser, na prática, investir em reflorestamento, oferecer cuidados em saúde ou trazer outra visão com relação à Governança.

As práticas ESG têm como objetivo criar sustentabilidade e estabelecer um padrão para a avaliação de empresas com relação a essa meta.

Preocupações relativas ao meio-ambiente, à sociedade e à Governança estão presentes desde o século passado e hoje ganham ainda mais força com a presença das redes sociais e da crescente valorização da responsabilidade corporativa quanto a essas questões.

Participar desse debate e buscar se alinhar são formas de, ao mesmo tempo em que se trabalha na reputação da organização, reduzir custos, atrair e reter talentos, inspirar e motivar colaboradores, além dos benefícios intrínsecos às práticas.

É possível começar a traçar, hoje mesmo, um projeto para a implementação do ESG em sua organização — para isso, é preciso conhecer profundamente a natureza do seu negócio, calcular os impactos atuais e buscar formas de compensação, adaptação ou de conformação a um objetivo alcançável. Depois, é só montar uma equipe especializada para pensar o ESG e ir direto ao trabalho.

Wagner Giovanini alerta, quanto à criação das estratégias de ESG que

 “(…) montar um modelo só para ‘mostrar’, não vai funcionar, não vai trazer benefício nenhum — pelo contrário — você vai gastar dinheiro à toa. Então esse modelo tem de estar conectado ao seu propósito, à sua estratégia; fazer na medida certa, para a sua empresa. Tudo isso tem de estar muito bem organizado.”

Por isso, o foco nos objetivos alcançáveis e na compreensão de que estabelecer um ESG funcional na sua organização é um projeto de longo prazo. Mas, precisa começar já!

Por fim, vale ressaltar: “sem integridade não há sustentabilidade”.

Sobre a Contato Seguro

A Contato Seguro, sediada em Porto Alegre e criada em 2008, é referência na solução terceirizada para relatos de irregularidades, o Canal de Denúncias. 

Na plataforma, alta tecnologia, gestão e suporte unem-se para a efetiva implementação e comunicação da ferramenta dentro da sua empresa.

Hoje mais de 1.500 empresas em 37 países e 12 idiomas contam com a ferramenta para potencializar seus resultados e proteger seus colaboradores.

Fontes:
(1) https://tinyurl.com/39hchn2z
(2) https://tinyurl.com/5xcf3a3r

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