Toda empresa está sujeita a ser vítima de fraudes e irregularidades. Embora seja uma situação grave, é infelizmente mais comum do que se imagina.
Para tomar medidas efetivas para prevenção e combate a esse problema, é importante conhecer o perfil do fraudador, saber que tipos de ações são as mais comuns, os sinais de alerta e as ferramentas de proteção, sendo o Canal de Denúncias a mais importante delas.
Neste artigo, nos baseamos em uma pesquisa inédita para delinear esse perfil e mapear para você como é possível aplicar esse conhecimento em sua empresa.
Boa leitura!
O que é a fraude?
A fraude caracteriza-se por um ato de má-fé, com intenção de prejudicar alguém e/ou se beneficiar indevidamente. Dentre os vários tipos, destacam-se:
- roubo dos chamados “ativos físicos” e de informação: subtração de equipamentos, materiais, máquinas, propriedade intelectual, etc.;
- fraude financeira interna: quando o colaborador faz uso de recurso ou patrimônio da organização para vantagem própria;
- fraude contábil: quando os registros contábeis são adulterados, para dar aparência de saúde financeira melhor que a real (ex.: adulteração nos valores das despesas, antecipação indevida de faturamento, ocultação de dívidas, etc.);
- fraude em licitações: quando utilizam-se artifícios ilícitos para ganhar um certame (ex.: falsificação de documentos, uso de cartel ou conluios com outros participantes, suborno, corrupção, etc.);
- descumprimento de regras de Compliance: quando o colaborador descumpre as orientações e regramentos internos da empresa buscando benefício pessoal;
- corrupção e suborno: quando se recebe ou se oferece uma vantagem indevida, visando benefício próprio.
Esses atos causam grandes prejuízos financeiros e de reputação para as empresas.
O perfil fraudador: dados importantes
Ainda que as fraudes possam ser cometidas por qualquer pessoa, é possível delimitar um padrão de comportamento e um perfil consistente da pessoa que geralmente se envolve neste tipo de ato.
Por isso, fique atento aos sinais de alerta.
A Consultoria de Negócios KPMG realizou uma pesquisa inédita sobre o perfil do fraudador no Brasil e aponta algumas possíveis características.
Os atores principais das fraudes são, em geral:
- homens (80%);
- com idade entre 26 e 45 anos (76%);
- que trabalham na empresa-vítima por pelo menos 1 ano e no máximo por 4 anos (45%).
Ele é, além disso, um especialista ou coordenador/gerente, alocado na área de operações, comercial ou gestão — em geral, sempre ocupando alguma posição elevada, ocasião que permite a ele o conhecimento sobre o trânsito de informações e os “caminhos” para cometer as fraudes.
Quanto aos motivos pelos quais essas pessoas se envolvem nesses atos, somos surpreendidos: a intenção de obter, estritamente, um “ganho pessoal” não é o principal motivador.
Em vez disso, “atingir metas corporativas” ficou em primeiro lugar (38%) e “acobertar um erro” em segundo (31%), seguido de “obtenção de ganhos pessoais” como a terceira principal causa (27%).
Os fraudadores também costumam ter um padrão de comportamento que se manifesta em alguns sinais.
Chama a atenção o estabelecimento de relações atípicas com terceiros (43%), o estilo de vida (roupas, bens, viagens, etc.) incompatível com sua remuneração e ter dívidas excessivas (25%).
No contexto brasileiro, as fraudes mais frequentes são as que envolvem conflitos de interesses (68%), roubo de ativos (52%), adulteração de documentos (49%) e, por último, manipulação (violação ou vazamento) de dados e informações (24%).
Esses são, assim, os traços de perfil e sinais presentes no comportamento geral do fraudador brasileiro.
Conhecer esses padrões pode ajudar a identificar qualquer movimentação suspeita. Contudo, se ater somente a esses aspectos não é o suficiente.
Para se precaver eficientemente contra essas e outras irregularidades, devem-se utilizar também os protocolos e as ferramentas capazes de detectar as fraudes.
Prevenção e enfrentamento de fraudes
Além de diagnosticar as possíveis fraudes dentro da organização, é essencial compreender as ferramentas e processos que podem preveni-las e auxiliar a enfrentá-las.
A KPMG elencou os principais meios de detecção de fraudes:
Ocupando o primeiro e o segundo lugar no ranking de meios de detecção, as denúncias anônimas (72%) e nominais (40%) são o principal veículo para identificação de fraudes, seguidos da auditoria interna (33%), e controles internos (31%).
Como o gráfico deixa claro, a atenção ao Canal de Denúncias pode ser definitiva para a detecção e, consequentemente, combate às fraudes.
Esses dados revelam a potência dessa ferramenta enquanto uma poderosa aliada das empresas.
A importância do Canal de Denúncias no combate a fraudes
O Canal de Denúncias é uma plataforma importantíssima para organizações de todas as naturezas, tamanhos e segmentos — com eficácia comprovada e, agora, demandado por lei.
Ele visa proteger a empresa e seus colaboradores, inibindo e combatendo todos os tipos de irregularidades.
Condutas indevidas no ambiente de trabalho, incluindo as fraudes, são realidades, e causam prejuízos nos resultados e na imagem da organização.
Como fica explícito com os dados trazidos acima, ter um Canal de Denúncias deve ser uma prioridade, principalmente quando o objetivo é inibir fraudes.
Adicionalmente, desde setembro de 2022, com a Lei 14.457, a ferramenta torna-se obrigatória para todas as empresas que possuem CIPA, como forma de reforçar as políticas de cuidado ao trabalhador e combate ao assédio.
Assim, com o Canal de Denúncias, sua empresa fica protegida e evita as consequências negativas decorrentes de potenciais condutas indevidas.
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De acordo com a pesquisa da KPMG, os fraudadores em ambientes corporativos são geralmente homens (80%), com idade entre 26 e 45 anos (76%), e trabalham na empresa há pelo menos 1 a 4 anos (45%). Eles costumam estar em posições elevadas, como especialistas, coordenadores ou gerentes, principalmente nas áreas de operações, comercial ou gestão. Além disso, podem apresentar comportamentos como estabelecer relações atípicas com terceiros, ter um estilo de vida incompatível com sua remuneração, ou possuir dívidas excessivas.
Os tipos mais comuns de fraudes nas empresas incluem roubo de ativos físicos e de informação, fraude financeira interna, fraude contábil, fraude em licitações, descumprimento de regras de Compliance, corrupção e suborno. Essas fraudes podem variar desde a subtração de equipamentos até a adulteração de documentos e registros contábeis, sendo causadas não apenas pela intenção de ganho pessoal, mas também por motivos como atingir metas corporativas ou acobertar um erro.
Um Canal de Denúncias é eficaz no combate às fraudes corporativas, pois oferece um meio seguro e anônimo para que funcionários e outras partes reportem irregularidades. Segundo a pesquisa da ACFE, as denúncias são o principal meio de detecção de fraudes, representando 72% dos casos identificados. Um Canal de Denúncias bem implementado e promovido gera um ambiente de maior transparência e ética, desencorajando comportamentos fraudulentos e permitindo a identificação e correção de irregularidades de forma proativa.