A sua empresa não precisa de Compliance apenas porque é o certo a ser feito. Na verdade, o Mecanismo de Integridade também funciona para quem busca mitigar os prejuízos financeiros e de imagem que podem decorrer da fraude interna, por exemplo.
De forma geral, as organizações perdem em média cerca de 5% do faturamento anual em decorrência de fraudes internas e irregularidades.
Elas se dividem em:
- Corrupção (conflitos de interesse, propina, gratificações ilegais, fraude em licitações);
- Demonstração Fraudulentas (gerenciamento de resultados, falsificação de dados, missão de gatos em balanço, lançamentos sem a documentação suporte);
- Apropriação Indevida de ativos (furto de dinheiro, roubo de estoque/ativo fixo, fornecedor fictício, fraude em folha de pagamento, fraude no reembolso de despesas, roubo de dados).
Existem 3 grupos que dividem a forma como as pessoas se comportam no trabalho:
O primeiro é formado por pessoas que sempre fazem a coisa certa. Assim, independente de Lei, códigos, treinamentos de sensibilização, elas sempre farão o que deve ser feito.
As pessoas que sempre querem tirar alguma vantagem indevida forma o segundo grupo. Mesmo com treinamentos, controles, sensibilização, elas vão encontrar formas de burlar as regras, cometer irregularidades e agir em desacordo com os princípios de ética e integridade.
E existe um terceiro grupo, formado pela maioria das pessoas, que oscila. Às vezes faz o que é certo e às vezes busca obter vantagens indevidas. Tudo depende da oportunidade, do incentivo e da possibilidade de impunidade.
Acontece que é impossível saber quem é quem. Pois as pessoas se misturam. Não tem como saber quem age de forma correta e quem busca constantemente obter vantagens em decorrência de prejuízos para a empresa, sejam eles financeiros ou de imagem.
Case 1: fraude interna no registro de ponto eletrônico
Confira o exemplo desta empresa que possui unidades e comercializa materiais de construção civil em seguida:
Durante meses, uma das lojas apresentava um resultado significativamente inferior ao das outras unidades.
Depois de um bom tempo gastando com novos projetos, consultorias, treinamentos de vendas e redução de custos, um dos proprietários decidiu mudar de estratégia. Então, passou um pente fino nos números para entender o que estava gerando aquele resultado inexpressivo.
Descobriu, então, que havia uma equipe de funcionários que estava cometendo fraude interna, alterando o ponto eletrônico. Funcionava da seguinte forma: cada dia, um funcionário ficava até mais tarde e registrava o ponto dos colegas. Na semana seguinte, outro colega ficava responsável pela fraude. Ao longo de meses, foram se revezando para aumentar significativamente o banco de horas de cada um.
Quando o gerente da unidade descobriu, ao invés de acabar com a “farra”, cobrou um percentual de cada um deles para não denunciar à Diretoria e passou a fazer parte, então, de um esquema de fraude que gerou um prejuízo de mais de 400 mil reais.
Qual a solução do caso?
O mais curioso é que, depois de descobrir as irregularidades, a Direção descobriu que muitos colaboradores sabiam que isso acontecia.
E não denunciavam pelo simples fato de não existir uma ferramenta adequada para tal. Além disso, não existia na empresa o reforço de uma cultura de integridade com comunicação e treinamentos recorrentes para lembrar o que é o certo a ser feito.
Também não havia políticas de consequência para ilicitudes, o que corrobora com o fato de que as denúncias poderiam “não dar em nada”. E claro, para finalizar, existia um grande medo em denunciar um esquema com tantas pessoas, incluindo gestor de equipe. Afinal, isso poderia retornar em prejuízos para quem denunciasse.
Esse é um exemplo simples de como as empresas perdem dinheiro, prejudicam o ambiente de trabalho e ainda ameaçam a sua qualidade quando não possuem mecanismos para evitar, prevenir e tratar irregularidades.
Por fim, a simples implementação de um Canal de Denúncias teria evitado que o problema se prolongasse por tanto tempo.
Case 2: o Mecanismo de Integridade como medida preventiva
O gestor de uma empresa de fabricação de peças do setor metal mecânico decidiu demitir a sua secretária depois de alguns meses de trabalho insatisfatório.
Após a demissão, a funcionária procurou seu advogado e ajuizou uma ação contendo um grande pacote de “direitos trabalhistas violados”. Entre eles, a alegação de que sofria assédio moral pelo seu chefe.
Na peça defensiva, a empresa apresentou toda sua documentação relativa ao Compliance, desde identificação dos riscos, criação de código de conduta e políticas de relacionamento, treinamentos de sensibilização e peças de comunicação incentivando o uso do Canal de Denúncias.
Então, durante todo esse tempo, a funcionária não só tinha ciência do Mecanismo de Integridade existente na empresa, como participou de diversos treinamentos e recebeu recorrentemente oportunidades de comunicar à Alta Direção eventuais desrespeitos às normas de integridade.
Pois bem, o resultado em juízo você já deve imaginar.
O Juiz entendeu que essa alegação se tratava de uma tentativa de má fé de obter recursos indevidamente da empresa, pois, durante todo tempo em que esteve na empresa, teve a oportunidade de comunicar o assédio supostamente ocorrido.
A empresa foi absolvida e a funcionária condenada a pagar as custas e os honorários advocatícios.
Conclusão
Por fim, todos sabemos que existem casos de fraude interna e assédio no ambiente de trabalho e é por isso que uma empresa comprometida com a ética e integridade deve manter treinamentos de forma recorrente e disponibilizar ferramentas que permitam a devida detecção de seu eventual descumprimento.
Essa estratégia evita um ambiente desequilibrado e protege as empresas que cumprem seus princípios e valorizam seus colaboradores.
Se você quer melhorar o seu negócio, manter um ambiente de trabalho saudável entre colaboradores e evitar perder dinheiro e riscos à reputação do seu negócio, já passou da hora de implementar um Mecanismo de Integridade para garantir a proteção e perenidade do seu negócio.
Conte com a ferramenta de implementação da Compliance Station(1) e com o Canal de Denúncias da Contato Seguro.
O Sistema de Compliance é crucial para prevenir fraudes internas nas empresas, mitigando prejuízos financeiros e danos à imagem corporativa. Ele ajuda a identificar e corrigir comportamentos antiéticos e ilegais dentro da organização, como corrupção, demonstrações fraudulentas e apropriação indevida de ativos. Ao estabelecer um ambiente de trabalho baseado na ética e integridade, o Sistema de Compliance diminui a probabilidade de fraudes, assegurando a saúde financeira e a reputação da empresa.
O Canal de Denúncias é uma ferramenta eficaz no combate à fraude interna, pois fornece um meio seguro e anônimo para os funcionários e outras partes interessadas reportarem suspeitas de irregularidades. Ele permite que as organizações descubram e abordem as fraudes que, de outra forma, poderiam permanecer ocultas. Este canal incentiva uma cultura de transparência e responsabilidade, permitindo que as empresas tomem medidas rápidas para investigar e solucionar problemas antes que eles se agravem.
Integrar um Canal de Denúncias a um Sistema de Compliance robusto traz benefícios significativos para as empresas. Ele proporciona um mecanismo proativo para identificar e abordar condutas antiéticas e práticas fraudulentas. Isso não só ajuda a prevenir perdas financeiras e danos à reputação, mas também fortalece a cultura organizacional de integridade e transparência. Além disso, um Sistema de Compliance eficaz com um Canal de Denúncias ativo demonstra o comprometimento da empresa com altos padrões éticos, melhorando a confiança dos stakeholders e a conformidade com as regulamentações legais.
Fonte:
(1) https://compliancestation.com.br/