Você sabe o que é gaslighting e como o Canal de Denúncias ajuda a combatê-lo?

Mulher vestindo preto e de cabelos amarrados, com as mãos na cabeça sofrendo com os impactos psicológicos de Gaslighting

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Tempo de Leitura: 5 Minutos

Já ouviu falar em Gaslighting

Nós sabemos que a pronúncia dessa palavra pode parecer complicada, assim como a compreensão do seu sentido na língua portuguesa.

Entretanto, este termo ganhou destaque em uma série de debates atuais, que se iniciaram no cenário das discussões sobre gênero e diversidade, mas que hoje tem se expandido para as questões do universo corporativo e as possíveis irregularidades que se desenvolvem nessa área.

Neste artigo, você poderá entender melhor o significado do gaslight e compreender como esse comportamento pode afetar negativamente a rotina das empresas, trazendo prejuízos para a saúde mental das pessoas que se tornam vítimas dessas ações nas organizações. 

Você também vai descobrir como o Canal de Denúncias atua na detecção e, consequentemente, no combate a essa conduta abusiva.

Boa leitura!

Gaslighting: o que é?

Da língua inglesa, gaslighting é um termo que surgiu em um filme norte-americano, lançado em 1944, intitulado de “Gas-light” (À meia luz). 

Na trama, um homem se mobiliza para manipular sua esposa e as pessoas com as quais mantinham laços, para que todos acreditassem que ela estaria louca. 

Desde então, o termo passou a identificar o tipo de violência psicológica que ocorre quando uma pessoa “distorce” a realidade dos fatos, “omitindo” ou “inventando” informações sobre algo ou alguém, com a intenção de se auto-beneficiar em determinadas situações, criando uma “atmosfera de dúvida”, gerando insegurança e manipulando a vítima (que pode ser uma pessoa ou um grupo) para duvidar do seu potencial, memória ou até mesmo sanidade

Ainda que a ocorrência do gaslighting possa ser mais comumente identificada em formas de relacionamento como os familiares e amorosos, essa vertente de abuso também está presente dentro das empresas.

Esse padrão irregular pode ser percebido em alguns “modos de agir”, como por exemplo:

  • A criação de prazos que não existiam antes, colocando-os como previamente existentes, na tentativa de confundir um profissional ou uma equipe.
  • Quando orientações sobre a execução de demandas são transmitidas de forma propositalmente errada para descredibilizar a vítima na entrega de um trabalho ou projeto, imprimindo uma falsa imagem de desorganização ou “memória falha” para o colaborador.
  • Entre outros inúmeros casos do gênero.

Vale ressaltar, que essas atitudes, apesar de mais intensas e perceptíveis na dimensão relacional que compreende a “superioridade” da hierarquia líder-colaborador, também pode acontecer nos relacionamentos com outros colegas de trabalho em posição de igualdade, conforme os modelos de comportamento citados abaixo:

  • Distorcer ou manipular comentários de uma pessoa, sobre algum outro colega, com o objetivo de gerar intrigas ou se promover em alguma situação.
  • Quando alguém apresenta a ideia de um colaborador como sendo sua, requerendo a autoria do projeto para si. 
  • Entre outras atitudes.

Qualquer pessoa pode ser vítima de gaslighting, independentemente do seu gênero. 

Contudo, observa-se a predominância de mulheres entre as pessoas que são atingidas por essa violência psicológica.

Uma pesquisa realizada pela Heach Recursos Humanos revelou que 3 em cada 4 mulheres sofrem de gaslighting no ambiente profissional(1). 

Segundo o estudo, essa realidade se consagra por conta do baixo número de mulheres em cargos altos. No Brasil, somente 38% das mulheres ocupam posições de liderança(2) nas empresas nacionais.

Entre os inúmeros prejuízos psicológicos que podem ser acarretados pelo gaslighting, estão:

  • Estresse emocional.
  • Depressão.
  • Ansiedade.
  • Isolamento social.
  • Baixa autoestima.
  • Entre outras consequências negativas.

Esses prejuízos afetam não somente o indivíduo, como também repercutem na esfera coletiva da empresa:

  • O clima organizacional fica prejudicado, dificultando a manutenção de um ambiente de trabalho agradável para a realização das atividades diárias, influenciando também na produtividade dos funcionários, que acabam desmotivados em seus projetos.
  • A rotatividade de colaboradores, que desistem de permanecer na empresa e pedem demissão para sair desse ciclo hostil de comportamentos abusivos.

Agora que você já sabe o que é o gaslighting e as formas como ele ocorre, é igualmente importante saber os mecanismos de proteção que existem para ajudar quem se torna vítima dele ou que observa a sua ocorrência na empresa.

O Canal de Denúncias é, hoje, a plataforma mais eficaz na detecção e no combate aos comportamentos que prejudicam o clima organizacional e, até mesmo, a saúde emocional dos funcionários dessas organizações.

Confira a seguir como funciona essa ferramenta!

Como o Canal de Denúncias ajuda no combate ao gaslighting?

O Canal de Denúncias assume um papel fundamental na proteção das pessoas que fazem parte das empresas.

Através dessa ferramenta — que para ser efetiva precisa ser implementada de forma terceirizada e acessível a todos os funcionários —, é possível relatar as irregularidades, não só como os casos de gaslighting, mas também de assédio moral, sexual, fraudes, bullying e outros problemas que forem identificados no ambiente de trabalho.

É por meio do Canal que a empresa toma conhecimento sobre a ocorrência dessas condutas prejudiciais, que geralmente acontecem fora do campo de visão dos responsáveis por contê-las. 

Nesse sentido, o Canal de Denúncias é um aliado dos colaboradores, que podem recorrer à plataforma, quando forem vítimas ou testemunhas dessas ocasiões.

Contudo, para fazer isso, é preciso que a organização, primeiramente, tenha um Canal implantado, e que ele ofereça possibilidade de anonimato, além da garantia total de sigilo das informações.

Outro aspecto fundamental é que exista um compromisso da empresa em “fazer o certo”.

Caso a irregularidade seja comprovada, após a apuração dos argumentos relatados na denúncia, é preciso que haja, sem delongas, a aplicação das medidas cabíveis aos responsáveis.

Esse mecanismo de atuação que surge na relação entre o Canal (que recebe o relato) e a empresa (responsável por apurar o que foi relatado e aplicar as medidas) tem como resultado positivo a criação de uma cultura de confiança, ética e respeito mútuo entre todos os colaboradores, possibilitando o combate às condutas prejudiciais que comprometem o bem-estar de cada um.


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Fontes:
(1) https://tinyurl.com/mpsc57zs
(2) https://tinyurl.com/ypb727ww
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(4) https://www.linkedin.com/company/contatoseguro/

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