O que é Discriminação? Entenda de uma vez por todas e saiba como combatê-la

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Tempo de Leitura: 5 Minutos

Discriminar significa diferenciar, separar. Quando falamos de combate à discriminação, estamos tratando de uma diferenciação desfavorável e de tratamento negativamente diferente concedido a um grupo ou a um indivíduo. 

A discriminação é o resultado prático do preconceito — quando, por motivos arbitrários, crê-se que uma pessoa tem menos valor, então o tratamento dispensado a esse indivíduo é o de diminuição, humilhação, desrespeito e prejuízo. Assim, alguém pode ser discriminado por pertencer a uma classe social, faixa etária, por sua orientação sexual, sua raça e etnia, sua história cultural e suas crenças e práticas religiosas.

O ato de discriminar se revela em dois níveis: pessoal e institucional. No nível pessoal, nas relações que se dão entre as pessoas, a vítima de discriminação pode sofrer perseguição, agressões e outras formas de ameaça

No nível institucional, o indivíduo ou grupo que sofre discriminação é impedido de acessar garantias e direitos. Também tem seus méritos desconsiderados e pode receber tratamento injusto e excludente.

Constitucionalmente, discriminar alguém é crime, com punições por meio de multa e reclusão.

Tendo em vista a gravidade da discriminação e a seriedade de seus impactos na saúde do indivíduo e de uma organização, neste artigo abordaremos as formas e as consequências desse comportamento.

Traremos também algumas estratégias para o combate da discriminação, demonstrando o enriquecimento e melhoria dos espaços de trabalho por via da promoção da inclusão, diversidade e igualdade de oportunidades.

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Boa leitura!

Tipos de discriminação no ambiente de trabalho

São várias as formas de manifestação da discriminação que podem se dar no ambiente de trabalho. A discriminação pode partir somente de um ofensor ou um grupo inteiro pode agir de forma discriminatória — da mesma forma, a vítima pode ser uma pessoa ou um grupo inteiro.

As formas mais comuns de discriminação têm como alvo:

  • Idade
  • Gênero
  • Orientação sexual
  • Pessoas com deficiência
  • Gravidez
  • Raça ou etnia
  • Religião

Em todos os casos, um dos atributos da pessoa é posto como alvo de aversão e, assim, ela passa a ser segregada, perseguida e diminuída. 

Uma pessoa que sofre discriminação no trabalho em razão da idade, por exemplo, pode se perceber excluída de atividades, de conversas espontâneas e tratada arbitrariamente como inferior, sem que seu comportamento e postura deem razões para tais atitudes.

Outros atos discriminatórios são a recusa da contratação de um colaborador por uma das razões acima elencadas; salário inferior; imposição de obstáculos desnecessários para a execução do trabalho e para promoções; permissividade da liderança quanto a comentários e atitudes; etc.

Impactos da discriminação no indivíduo e na organização

Sofrer discriminação é mais uma das formas de ser submetido a altos níveis de estresse(1), o que conduz a alterações negativas nas emoções, psique e comportamento do indivíduo discriminado.

Uma pesquisa(2) da Universidade da Califórnia apontou que quanto mais experiências de discriminação um jovem sofre, maior é o risco de adquirir problemas de saúde, e as chances de um diagnóstico psiquiátrico aumentam em 26%.

Já tratamos neste blog sobre os efeitos da ansiedade e da depressão para o ambiente de trabalho e sobre o quanto os transtornos mentais podem ser um impedimento para a produtividade e felicidade na vida pessoal e laboral.

Ser vítima de discriminação tem consequências sérias para a autoimagem, emoções, cognição e, enfim, para a experiência de vida e de trabalho de uma pessoa.

Por isso, é preciso encontrar estratégias para tornar o ambiente de trabalho um lugar o mais livre de preconceitos e discriminação possível. Vamos entender como.

Combate à discriminação e promoção de inclusão e diversidade no trabalho

Para combater a discriminação no ambiente de trabalho e promover mais inclusão e diversidade, é preciso mover algumas peças-chave dentro da organização. Algumas dessas são:

  • Adaptar o onboarding: reestruturar a forma de recebimento dos recém-contratados, considerando as possibilidades de diversidade existentes, tornando-o acolhedor para qualquer uma delas. Além disso, deve-se ressaltar, do ponto de vista ético, quais são os comportamentos inaceitáveis. Um onboarding que inclui as diversas possibilidades será mais efetivo, criará mais vínculo entre o colaborador e a organização e a ênfase nos direitos e deveres dos colaboradores trará segurança para quem acabou de chegar.
  • Capacitações e treinamentos: capacitar os profissionais dos departamentos de RH, Gente e Gestão para garantir que os processos de recrutamento, seleção e demais movimentações internas na organização sejam justas, focadas na competência e produtividade, sem marca de discriminação, é fundamental. Quanto mais essas atitudes forem incorporadas nesses processos, maiores são as chances de a cultura organizacional sofrer um impacto positivo.
  • Investir em tornar a empresa mais diversa: estimular e apoiar a igualdade de oportunidades, tornando assim a empresa mais diversa, pode contribuir imensamente com o fortalecimento de minorias comumente atacadas.
  • Aproximar-se dos seus colaboradores: uma aproximação genuína e interessada é necessária para modificar a cultura organizacional verdadeiramente, partindo de cada um. Empenhar-se em criar uma comunicação fluida e aberta é uma atitude importante para que as pessoas se compreendam umas às outras em relação às suas diferenças, complementaridades, forças e fraquezas. Com proximidade, há grandes chances de que as pré-concepções que levaram à discriminação sejam desfeitas.

Como denunciar casos de discriminação

São diversas as leis e regulamentos que buscam proteger as pessoas da discriminação e punir seus perpetradores. 

Por isso, lidar com casos de discriminação pode chegar a envolver agentes e processos legais. A pessoa que sofre discriminação deve estar informada sobre seus direitos e procurar garanti-los. Adicionalmente, deve estar ciente de como fazer isso.

Pensando no contexto interno da empresa, é importante que se estimule os colaboradores a utilizarem o Canal de Denúncias, para relatarem os casos de discriminação. Com os relatos disponíveis, a liderança pode tomar atitudes objetivas para solucionar o problema na raiz.

Com o Canal de Denúncias, qualquer irregularidade será apurada e as consequências serão aplicadas. Dessa forma, além da responsabilização dos perpetradores, há também a inibição desse tipo de comportamento

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Conclusão

Por fim, a discriminação é um atentado contra a dignidade e os direitos humanos e é um comportamento que pode aparecer no ambiente de trabalho.

Submeter alguém a tratamento discriminatório tem consequências negativas críticas para sua saúde física e mental, aumentando suas chances de receber um diagnóstico psiquiátrico, por exemplo.

Por meio de estratégias de inclusão e diversidade, devemos combater a discriminação no ambiente de trabalho. O Canal de Denúncias é a ferramenta mais efetiva para esse fim, tanto na prevenção quanto na detecção.

Fontes:
(1) https://tinyurl.com/3j67r4wp
(2) https://tinyurl.com/bdpud5s4

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